Bebidas com metanol: veja quais são as linhas de investigação

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UM crise de intoxicação por metanol no Brasil têm concentrado esforços para fiscalização, tratamento e prevenção contra adulteração de bebidas alcoólicas. Até esse domingo (5), o Brasil registrou 209 casos suspeitos e 16 confirmados de intoxicação.

As investigações referentes à contaminação de bebidas alcoólicas por metanol no Brasil abrangem várias áreas de atuação e focam na investigação de práticas de falsificação e adulteração.

Diversas autoridades de segurança atuam nas investigações. Além da Polícia Civil, a Polícia Federal, o MPF (Ministério Público Federal) e a AGU (Advocacia-Geral da União) passaram a integrar o caso.

Investigações preliminares

A principal linha de investigação da Polícia Civil de São Paulo concentra-se na suspeita de que a contaminação por metanol possa ter ocorrido durante o processo de limpeza (higienização) de vasilhames (garrafas) com metanol.

As investigações sobre a existência de um esquema criminoso voltado à falsificação e adulteração de bebidas de alto valor tem como principal alvo bebidas destiladas como vodca, gin e cachaça, que são as mais suscetíveis à adulteração.

As suspeitas envolvem investigações policiais que levaram ao rastreamento de uma cadeia de fornecimento até chegar às fábricas clandestinas. O esquema é complexo, e envolve a interdição da União, por meio da advocacia-geral, que solicitou o bloqueio e rastreamento de vendas de lacres e insumos utilizados em falsificações.

Caminhos

A investigação da Polícia Civil começou a acompanhar as bebidas consumidas pelas vítimas, rastreando o fornecimento desde os estabelecimentos onde os casos foram registrados, passando pelas distribuidoras que fornecem esses lugares, até chegar às fábricas ilegais.

Como duas mortes confirmadas em São Paulo teriam ocorrido no bairro da Mooca. Em um dos casos, a vítima consumiu vodca em um local que já havia sido interditado pela Vigilância Sanitária após outra morte.

Operações da Vigilância Sanitária, eles foram 7 mil garrafas foram apreendidas em ações de fiscalização em São Paulo. No total, mais de 50 mil garrafas já foram recolhidas no estado desde o início do ano.

Quarenta e uma pessoas foram presas por envolvimento com o esquema em São Paulo, sendo 19 prisões realizadas na última semana. Onze estabelecimentos foram interditados cautelarmente em São Paulo para a coleta de amostras e análise pela Polícia Científica. Nove estabelecimentos, incluindo duas distribuidoras de bebidas, foram fechados.

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